segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Nike, a Deusa da Vitória e a Origem da Maratona


Na mitologia grega, Nike (ou Nice) era uma deusa grega que personificava a vitória, o triunfo e a glória. Representada como uma mulher alada, era considerada como fonte de boa sorte a todos os atletas e guerreiros. Era representada sempre ao lado de Athena, a deusa da sabedoria, da estratégia e das habilidades, dando a certeza de que as deusas juntas, ajudariam a obter a vitória nas batalhas travadas. Os atenienses tinham especial devoção por esta deusa e ergueram templos em sua honra para assinalar as vitórias e conquistas militares.

Consta que no ano de 490 a.C. os Atenienses, quando ganharam a Batalha de Maratona, enviaram o seu melhor corredor, de nome Filípides, para levar a notícia da vitória  até à cidade de Atenas. A velocidade era urgente pois os Persas haviam jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, destruiriam a cidade, violariam as mulheres e torturariam até à morte todos os gregos que encontrassem.

Diante dessa ameaça, os soldados gregos combinaram com suas esposas que, se não recebessem a notícia da vitória em 24 horas, todos deviam suicidar, evitando colocar os seus destinos nas mãos dos Persas. Os gregos ganharam a batalha, mas a luta iria demorar ainda mais tempo e eles temiam que elas executassem o plano. Por isso enviaram Filípides, que era o melhor atleta de Atenas, para dar a notícia. O mensageiro percorreu cerca de 42 km que separavam Maratona de Atenas, uma razão para a distância da atual prova olímpica da maratona. O grande corredor só parou quando chegou à Acrópole, o lugar mais alto e importante da cidade grega. Do alto ele gritou: Nike! Nike! Nike! - anunciando assim aos atenienses que tinham ganho a batalha contra os Persas - e caiu morto provavelmente por exaustão e desidratação.  
Ainda hoje Filípides é homenageado pelo corredor que carrega a tocha para acender a pira que antecede os jogos olímpicos.

No século passado a marca Norte-americana Nike foi criada por inspiração e alusão direta à Deusa grega da Vitória, obtendo dela o seu nome e o seu símbolo que é alusivo às asas dessa divindade. Para além dessas explicações, também era comum na antiguidade utilizar como saudação ou gesto de vitória um sinal que se fazia com a mão aberta unindo todos dedos à exceção do polegar, formando uma espécie de V assimétrico, algo muito parecido com o atual símbolo da conhecida marca esportiva.

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