Na
mitologia grega, Nike (ou Nice) era uma deusa grega que personificava a
vitória, o triunfo e a glória. Representada como uma mulher alada, era considerada como fonte de boa sorte a todos os atletas
e guerreiros. Era representada sempre ao lado de Athena, a deusa da sabedoria, da estratégia e das
habilidades, dando a certeza de que as deusas juntas, ajudariam a obter a
vitória nas batalhas travadas. Os atenienses tinham especial devoção por esta
deusa e ergueram templos em sua honra para assinalar as vitórias e conquistas militares.
Consta
que no ano de 490 a.C. os Atenienses, quando ganharam a Batalha de Maratona, enviaram o seu melhor corredor, de nome Filípides, para levar a notícia da vitória até à cidade de
Atenas. A velocidade era urgente pois os Persas haviam
jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, destruiriam a
cidade, violariam as mulheres e torturariam até à morte todos os gregos que
encontrassem.
Diante
dessa ameaça, os soldados gregos combinaram com suas esposas que, se não
recebessem a notícia da vitória em 24 horas, todos deviam suicidar,
evitando colocar os seus destinos nas mãos dos
Persas. Os gregos ganharam a batalha, mas a luta iria demorar ainda mais tempo
e eles temiam que elas executassem o plano. Por isso enviaram Filípides,
que era o melhor atleta de Atenas, para dar a notícia. O mensageiro
percorreu cerca de 42 km que separavam Maratona de Atenas, uma razão para a
distância da atual prova olímpica da maratona. O grande corredor só parou
quando chegou à Acrópole, o lugar mais alto e importante da cidade grega.
Do alto ele gritou: Nike! Nike! Nike! - anunciando assim aos atenienses que
tinham ganho a batalha contra os Persas - e caiu morto provavelmente por
exaustão e desidratação.
Ainda
hoje Filípides é homenageado pelo corredor que carrega a tocha para
acender a pira que antecede os jogos olímpicos.
No
século passado a marca Norte-americana Nike foi criada por inspiração e alusão
direta à Deusa grega da Vitória, obtendo dela o
seu nome e o seu símbolo que é alusivo às asas dessa divindade. Para além
dessas explicações, também era comum na antiguidade utilizar como saudação ou gesto de vitória um sinal que se fazia com a mão aberta
unindo todos dedos à exceção do polegar, formando uma espécie de V assimétrico, algo muito parecido com o atual símbolo da
conhecida marca esportiva.